segunda-feira, maio 07, 2007

Canção do amor da desrotina (ou que pára por um segundo)


Tom: Em

Hoje acordei às cinco da manhã
Vi um sol nascendo aberto
Não tinha sono,
Tinha um amor dormindo ao lado
Tinha um silêncio azul e claro
Entre os telhados
E a minha alma
Não entendendo o que cantar

Desespero de morrer
Tão inconstante
Tão vivo, disco e futuro
Feito carrasco que corta o que sente
Cheio de culpas, lapas,
Pela frente

Hoje eu acordei aceso
Meditei no chão e na blusa
Tentei orientar o medo
De escolher um caminho,
De trilhar um caminho
De guardar o abandono e
A recusa

Deu vontade de acordar
Todo mundo
De evitar mais um dia
Estio
De puxar pelas mangas meu pai
De sair com os olhos vazios

Deu vontade de amar
Todo mundo
De parar com os dedos o choro
Aprisionado em cada homem
Que afio
Na rotina de passos tão frios.