quinta-feira, maio 24, 2007


Existe algo de indizível no dar as mãos. No dar as mãos apaixonadamente. Como se fossem duas crianças sem-graça ao se amarem, tocando as existências entre as pernas dos pais, de forma envergonhada. E num átimo de tempo, tão pouco que chegam a confundir presente e futuro e vêem-se a si mesmas como uma história só, nesse intervalo, crescem. Vem a barba, os desejos, os seios ralejam com o ar, querem-se muito. E as mãos se apertam. E as almas se apertam. São a parte mais íntima do amor.